Na estação,
uma jovem escreve um e-mail
Na estação,
uma jovem escreve um e-mail
em seu celular.
Lembra todas as palavras
esquece seu nome.
Não consegue anexar o eclipse
que todos estavam olhando,
nem mesmo os noventa anos
que a separam de outro,
ou parte alguma de seu corpo.
Entende que talvez
só caiba uma foto
e as palavras precisas,
para que acreditem
que ela está viva,
como uma tempestade de areia.
Ou talvez
algumas instruções
para fazer de seus braços
instrumentos para matar.
Não pode enviar o vento
que hoje despenteia suas ideias.
Escreve descontroladamente,
suas mãos são insetos velozes
que não dormem.
De repente,
a tela e sua mente
são um buraco negro,
sente que tropeça
e cai até chegar a outro lugar;
onde não sabem seu nome
ou os sinais que lhe fazem
ser quem é.
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